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Abuso emocional de idosos: sim, isso existe!

Muito se fala sobre abuso emocional entre pais, filhos, irmãos, parcerias afetivas e ambiente de trabalho, mas pouco se fala sobre as inúmeras questões abusivas que muitos idosos passam em suas próprias famílias.

Pais que ilimitadamente buscam satisfazer as demandas dos filhos e não estabelecem limites saudáveis costumam ser cada vez mais exigidos até que, quando estiverem em uma idade mais avançada, sofrerão de modo drástico com a evolução do modelo de autocentramento que eles próprios ofereceram aos filhos.

Para muitos, pais velhos atrapalham. Conheço casos em que os filhos acuam seus pais de tal modo ao longo da vida que sequer percebem quando estes estão mais velhos e indefesos e continuam obrigando-os a darem tudo o que possuem e que construíram ao longo de uma vida. São filhos egoístas ao extremo, capazes de destruírem seus próprios pais emocional e financeiramente. Alguns chegam a abandonar seus genitores em asilos sem sequer questionarem se esse é o seu desejo ou não.

O que mais se vê nas relações de abuso de idosos é o abandono efetivo, com ameaças misturadas a exigências indevidas, violência moral e, não poucas vezes, física.

Que todos nós possamos honrar as nossas existências com a sabedoria e o conhecimento que apenas o tempo pode trazer. Que sejamos capazes de nos tornarmos velhos e sábios e que possamos honrar com dignidade os idosos que estão entre nós.

E você? O que acha disso?

????Quanto mais despertos, melhor!
Silvia Malamud

Ao fim de um relacionamento abusivo, o melhor a se fazer é o resgate de si mesmo, reunindo forças para dar o salto certeiro rumo ao nascimento.

Depois da consciência emocional exata sobre todos os transtornos causados na convivência com um sequestrador de almas, o melhor a se fazer é o resgate de si mesmo. Mas como e por onde começar?

Por se tratar de uma experiência traumática, é interessante a vítima primar em fazer um tratado consigo mesma, decretando que situações como esta jamais poderão fazer parte de sua historia pessoal novamente.

No momento de ruptura, não se deve se culpar do porquê entrou nesta roubada ou do porquê se deixou iludir. A questão certeira é entender que houve um acidente no percurso de alma e, a partir de agora, desperta, realinhar o leme estando mais do que nunca de posse e no controle de si mesmo. Para tanto, é importante verificar se o suposto sequestrador, quando a encontrou, achou alguma fresta inconsciente de insegurança sobre o seu próprio valor. É por meio deste estreito canal que eles estrategicamente costumam adentrar na vida das pessoas desavisadas.

No início do resgate, é comum as vítimas transitarem por um imenso medo de não conseguirem retomar a vida como era antes, mas com o tempo passam a se conhecerem bem mais do que anteriormente.

Entender e reprocessar o porquê dos porquês de ter entrado nesse tipo de cilada é assunto para tratamento psicológico de ponta, e terapias de reprocessamento cerebral como EMDR ou Brainspotting ajudam sobremaneira.

Quando estão resgatadas e curadas, as vítimas estarão em contato ativo com a sua energia vital, despertas de quem são, conscientes de suas arestas emocionais e definitivamente curadas de um filme que já não tem mais sentido.

????Quanto mais despertos, melhor!
Silvia Malamud

Sequestradores de almas costumam ter um arsenal de estratégias que visam manter o outro imantado e subjugado às suas próprias leis. Mas o que mantém as vítimas nessa condição?

Sequestradores de almas aplicam suas condutas com tal maestria de sedução e culpa que as vítimas, em meio às suas piores agonias, permanecem atadas como se estivessem presas a algum feitiço, tentando acertar e buscando uma confirmação afetiva.

Por mais que desejem se ver livres, enquanto não se trabalharem internamente, sempre serão vítimas das mais infundadas, articuladas e perversas manipulações.

O que as mantêm no cárcere?

As vítimas sentem que precisam ser validadas em seu amor e, por conta dessa carência, ficam aprisionadas na tentativa de acertar as difíceis e infundadas cobranças do outro. Sequer suspeitam que os seus sequestradores jamais se satisfarão e projetam nelas o medo da rejeição, fazendo-as acreditar que, sem eles e o seu pseudo-amor, não sobreviverão.

Tais sequestradores costumam inferir no outro uma constante ameaça de perda e de desamparo. Conseguem convencer suas escolhidas de que estas ficarão péssimas sem as suas companhias e dedicação (lê-se, controle) e que, além de se sentirem desamparadas, sofrerão do pior dos males, que é o sentimento de solidão que, neste caso, seria como uma espécie de maldição.

"Faça o que eu quero, senão te abandono" é a mensagem subliminar deste tipo de relação, que vai se tornando cada vez mais punitiva e perversa. Quanto mais a presa ficar submetida aos tiranos e severos mandatos, mais o sequestrador abusará da mesma, a ponto de que, se nada for feito, fatalmente levará à falência de si mesmo.

Quem vive uma relação com essas características precisa de auxílio e reparos emocionais importantes. Dificilmente a pessoa quando está dentro ou mesmo quando sai de um relacionamento desta ordem, sai inteira, daí a necessidade de apoio terapêutico.

????Quanto mais despertos, melhor!
Silvia Malamud

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