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Como os pais podem ter uma autoridade saudável com seus filhos?

Exemplos de filhos prepotentes, com excesso de exigências para com os pais, é o que não falta nos dias de hoje. Muitos se acham merecedores do céu na terra e que os genitores tem obrigação de satisfazê-los. Pais que sofrem com filhos assim acabam ficando reféns e chegam ao consultório com histórias semelhantes. Contam que tiveram pais rígidos e autoritários e que fizeram de tudo para criar os seus de modo diferente. Outros relatam que trabalharam demais e deram tudo o que o filho precisava, mas talvez tenham falhado em estar emocionalmente presente e conectado com real empatia, com uma visão apropriada de limites e onde o outro também é importante.

Diferente de pais narcisistas perversos, estes não buscam diminuir as percepções e a vida dos filhos. Ao contrário, hipervalorizam tudo o que fazem, criando seres que se auto-observam como especiais e diferente da maioria, com um desenvolvimento adoecido e uma autoestima exacerbada que resulta em comportamentos narcisistas. Como desenvolveram poucos recursos internos, para esses filhos é quase impensável ouvir uma crítica ou refletir sobre suas ações. Não sabem lidar com dificuldades e desistem facilmente do que se propõem a fazer. Buscam constantemente validação do quanto são bons e capazes. Ficam furiosos quando as coisas não saem como imaginado e chegam a se sentir perseguidos por serem tão especiais.

Esse é o pano de fundo emocional que aparece enquanto na superfície demonstram um ar de superioridade impecável. Quando os pais percebem dificuldades dessa amplitude e tem consciência de que algo vai mal, cabe um processo terapêutico individual com o filho. Quanto mais cedo, mais chances do auto resgate acontecer.

????Quanto mais despertos, melhor!
Silvia Malamud

Por que pessoas explosivas agem assim?

Pessoas explosivas, que falam e agem por impulso e sem pensar, deixam marcas profundas nos outros e em si próprias. Mas por que será?

Sempre que alguém fala de modo explosivo ou impositivo, um pacote repleto de imagens, emoções e de certezas cegas é direcionado ao outro como um ataque, com total falta de consciência sobre o impacto causado e em uma energia altamente letárgica. Depois de “estourar”, a autoestima do acusador vai a menos infinito. O mais frequente de acontecer é o arrependimento, a autopunição e a culpa, somando-se ainda ao sentimento de inadequação. Como resultado, o drama relacional fica instalado, entalado na garganta e no coração de todos os envolvidos.

Vítimas e acusadores dessa questão costumam ser reflexos espelhados um do outro. O que acusa explodindo no fundo tem sentimento e crença de impotência para resolver algo que o perturba. Aquele que é atacado, por sua vez, também se sente impotente para se expressar, pois o que quer que fale diante da explosão alheia vira fumaça ou acirra mais ainda os ânimos.

O ideal seria que os dois pudessem rever seus mais profundos conceitos sobre resolução de conflitos, revisitando situações passadas onde não foram ouvidos (desamparo) ou onde foram ouvidos acima de tudo e de todos (mimados). Só a partir da busca interior sincera e da ressignificação e reprogramação desses padrões é que se consegue perceber as pessoas verdadeiramente.

????Quanto mais despertos, melhor!
Silvia Malamud

A metáfora do elefante acorrentado e a manipulação perversa materna

No espetáculo de circo, o elefante faz mil e uma demonstrações de habilidades em meio a sua estonteante força. Antes de entrar em cena, porém, permanece apático, contido em seus movimentos, preso em uma ínfima corrente que o aprisiona a uma pequena estaca de madeira cravada ao solo. Mesmo se a corrente fosse mais grossa, certamente teria a capacidade de derrubá-la com um mínimo esforço, podendo resgatar sua capacidade inata de movimentar-se livre e espontaneamente por onde seus instintos o levassem. O ponto é que ele não toma nenhuma atitude. Por que será?

O elefante não escapa de seu cativeiro porque foi preso àquele pedacinho de madeira em sua mais tenra idade. Naquele tempo não tinha força suficiente para tanto. Exausto, ansioso e entristecido, desistiu de tentar. O circo da dependência e da falta de contato com a própria força, tanto para os elefantes como para os humanos, começa desde muito cedo e, se não for devidamente tratado, passará pelo risco de repetir-se no mesmo padrão em outros relacionamentos.

No universo do circo, o elefante não se solta porque não tem consciência de seu tamanho e de sua força e, por consequência, não acredita que pode. De mesmo modo, filhos de mães narcisistas perversas passam por dificuldades e perpetuam-se neste status de abalo emocional, onde a corrente da vez estão nas falas nocivas e desqualificadoras. Como resultado, não acreditam em suas forças inatas, duvidam de suas capacidades e de tudo o que poderiam conquistar. Seguem tímidos em suas caminhadas, como pedintes de amor e da necessidade da aprovação e, por receio de serem rejeitados, passam por cima de qualquer dor ou sentimentos próprio em nome de satisfazerem as mínimas necessidades dos outros.

Apenas quando rompem com a corrente que os aprisionam é que aprendem que podem dizer não, que podem sentir o que for com segurança e se bancar sem a ameaça da reprovação e a necessidade de prestar contas.

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Silvia Malamud

Recado para quem está pensando em se separar de um narcisista perverso

Não subestime um narcisista perverso. Eles são quase imbatíveis quando desejam alcançar seus intentos e abusam de suas capacidades de manipular, buscando convencer a todos sobre o que quiserem. Por isso mesmo, atenção redobrada ao decidir se separar.

Eles incansavelmente tentarão ludibriar as pessoas ao redor com conversas encantadoras e melodramáticas, dando detalhes sobre o quanto você é mal agradecida ou emocionalmente desequilibrada. São mestres da teatralização que, de modo articulado, deitarão e rolarão em cima dos desavisados, podendo mentir, acusar e distorcer os fatos a fim de obterem um olhar de benevolência em relação a eles próprios e contra você.

Se você despertou e escolheu cair fora desse ciclo tóxico, a primeira dica é manter-se em silêncio até que a sua decisão esteja nas mãos de advogados ou até que tenha uma estratégia concreta para que este movimento efetivamente aconteça. Jamais cogite ter uma conversa amigável imaginando que isso poderia facilitar… Ele não é seu amigo e, como a maioria não possui remorso, qualquer reflexão sobre o que está acontecendo é praticamente impossível de ocorrer.

Quando ele perceber que não tem mais chances, a situação pode piorar num primeiro momento com sua sede de vingança. Como não se percebem como errados, mas sim injustiçados, ficam extremamente enfurecidos e determinados a ter razão, inventando verdades para incitá-la a perder o controle. Esteja totalmente lúcida e fortalecida para não cair nas armações que visam a sua desmoralização e recolocá-la de volta em cárcere.

A essa altura, você já deve ter clareza de que ele é como um filme antigo que passou. Fique firme e deixe que a realidade confirme os fatos, ciente de que o melhor de tudo é você poder seguir em frente retomando a própria vida e se ganhando de volta.

????Quanto mais despertos, melhor!
Silvia Malamud

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