Na era da internet, os tempos mudam de dimensão: tudo o que não é imediato parece lento demais.

A vida voltada apenas para a aparência perfeita das selfies é a porta de entrada para um looping perigoso. Na era da internet, a regra geral é a espetacularização de tudo o que se mostra: tudo tem que ser belo e magnífico.

A busca frenética pelo sensacional, pelo status e pelo sucesso pessoal fazem parte de um transe coletivo, onde a cada instante se inventa uma nova necessidade de compra e outras infinitas demandas para que se esteja fazendo parte - uma falácia que coloca grande parte da humanidade como robôs destinados a sofrerem de faltas fictícias e a comprarem o que a ditadura digital comanda. A palavra paciência inexiste e cria-se o imaginário do êxito sem esforço.

Em meio a toda essa ordenação, sobra pouco ou quase nada de espaço para a construção da subjetividade. O que existe são pseudo vidas voltadas para fora, com ausência de estrutura interna que dê conta de sustentar conexões reais.

???? Quanto mais despertos, melhor!
Silvia Malamud

linkedin facebook pinterest youtube rss twitter instagram facebook-blank rss-blank linkedin-blank pinterest youtube twitter instagram