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Exemplos de filhos prepotentes, com excesso de exigências para com os pais, é o que não falta nos dias de hoje. Muitos se acham merecedores do céu na terra e imaginam que os genitores tem obrigação de satisfazê-los.

Certa vez um casal veio ao meu consultório assustado e sem saber como agir com o filho, que exigia que todos os dias tivesse água de coco pura em casa, comprada de um determinado vendedor das redondezas.
Naquele dia, porém, por não conseguirem encontrar o tal vendedor, decidiram passar no mercado e comprar água de coco de caixinha. Quando o filho chegou, ficou tão bravo que começou a atacá-los violentamente.

A maioria dos pais que sofrem com filhos desse tipo acabam ficando reféns dos mesmos e chegam ao consultório com histórias educacionais semelhantes. Contam que tiveram pais austeros e fizeram de tudo para criar os filhos de modo diferente, mas se perderam no que poderia significar uma autoridade saudável. Outros contam que tiveram que trabalhar demais e deram tudo o que o filho precisava, mas talvez tenham falhado em estarem emocionalmente presentes, o que inauguraria uma visão apropriada de limites.

Ao contrário dos pais narcisistas perversos, estes não buscam diminuir as percepções e a vida dos filhos, mas hipervalorizam tudo o que fazem, criando seres que se auto-observam como especiais e mais importantes do que a maioria, o que resulta em um desenvolvimento adoecido da autoestima.

Esses filhos, frágeis e com poucos recursos desenvolvidos, tem dificuldade de fazer reflexões sobre si mesmos em nome de melhorarem em algum ponto. Não sabem lidar com as dificuldades da vida, exigem dos outros autoafirmação sobre como eles são bons e ficam facilmente ficam abatidos ou furiosos quando as coisas não saem como gostariam.

Quando os pais percebem dificuldades de relacionamento dessa amplitude e tem consciência de que algo está errado, cabe um processo terapêutico individual para com o filho e, quanto mais cedo, maiores são as chances de resgate.

????Quanto mais despertos, melhor!
Silvia Malamud

Assédio e violência contra a mulher na era digital

A internet pode ser excelente, mas jamais devemos nos esquecer que também é morada de pessoas de má fé. O assédio e a violência nos meios digitais, dependendo da amplitude de persuasão, tem o poder de encantar mulheres de todas as idades e levá-las a um triste final quando ludibriadas por conversas que nada mais são do que meras articulações.

Por carência ou busca por afeto, infelizmente esse tipo de situação tem tido mais chances de acontecer e as vítimas seduzidas acabam indo a encontros físicos, não poucas vezes colocando a própria vida em risco.

Alguns tipos de assédio e violência virtual também surgem quando as vítimas passam por humilhações e exposições, como o vazamento de fotos íntimas, muitas vezes tiradas sem que a própria vítima saiba, e por vezes manipuladas para que pareçam situações que nunca existiram.

A princípio, essa exposição da privacidade, seja em imagens ou diálogos que deveriam ser restritos, são uma forma de chantagem, ameaça e humilhação.

Todo o cuidado é pouco. A dica geral é não entregar a história da própria vida nos primeiros e nem nos segundos contatos.

Ouça antes, faça reflexões e perceba os sinais que a sua máquina biológica envia, sempre levando a sério os avisos, pois eles podem evitar danos maiores. Quanto mais se conhece sobre as possíveis manipulações, tipos de encantamentos e seduções, mais fácil fica de se proteger.

Como precaução, a mulher atual, antes de qualquer tipo de conversa mais íntima, deve se dar um tempo e buscar conhecer os perigosos caminhos que podem levar uma conversa que de início possa parecer ingênua, além de evitar expor sua intimidade. Numa interação online, ouvir mais, observando o que se ouve de modo crítico, é de grande valia.

Ao se perceber em uma dinâmica assim, por mais difícil que possa ser organizar provas, imediatamente busque ajuda e denuncie.

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Silvia Malamud

Uma pergunta saudável de se fazer quando algo não vai bem é: quando foi que eu decidi que a minha vida deveria ser assim?

Recebi uma senhora de 85 anos muito bem trajada, maquiada e repleta de vida. Contou que se aposentou aos 50 anos e que logo após se percebeu perdendo forças e adoecendo. Dia após dia, sentia-se mais fraca e debilitada. Inconformada e sem energia, começou a pedir desesperadamente uma resposta para o que estava passando, queria saber o motivo de estar se sentindo assim exatamente no momento em que iria começar a usufruir de sua liberdade.

Num momento de meditação, algo como uma fenda abriu-se em sua mente e seu olhar interior se voltou aos seus 15 anos de idade. Viu-se numa sala de aula observando uma professora "velha", de uns 50 anos, parecendo infeliz e descuidada. Lembrou-se de que naquele momento criou o seguinte pensamento: meu limite de vida é 50 anos, não irei ficar triste, velha e sem vida como esta professora.

Como um susto, ao perceber sua precoce decisão funcionando como um decreto, imediatamente REDECIDIU contar para si mesma que aos 50 anos estava jovem e cheia de vida! Daquele momento em diante, a saúde foi melhorando e ela pôde se reinventar totalmente, assumindo o seu momento atual com plenitude.

Todos nós, de algum modo, decidimos como seguiremos a vida a partir de determinadas experiências. Uma pergunta saudável de se fazer quando algo não vai bem é: quando foi que eu decidi que a minha vida deveria ser assim? O que decidi e em qual tempo foi? E então encontrar a decisão e REDECIDIR. Não vale a pena seguir com um estilo de vida que já perdeu o sentido. Sempre há chance para nos reinventarmos.

????Quanto mais despertos, melhor!
Silvia Malamud

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