Lealdade familiar em filhos de narcisistas perversos:

Logo no início da vida, se não ocorre a conexão afetiva entre mãe e filho, o sentimento que fica é de medo real acerca da sobrevivência. É quando NÃO acontece a legitimidade do amor em nossa chegada ao mundo e a informação afetiva que deveria dizer algo como "Que bom que você chegou! Estamos felizes de você estar entre nós!".

Como possíveis consequências, esses filhos são tomados por uma série de inseguranças, pela sensação de não serem importantes e pelo medo de serem abandonados.

Mas quem são essas mães que não se vinculam? São pessoas funcionais aos olhos da maioria, mas que se encontram desconectadas de si mesmas e, como consequência, desconectadas de qualquer um que seja.

É importante saber que essa desconexão é a reverberação de um tema de profunda dor emocional delas mesmas. Na patologia da desconexão afetiva, a percepção do "eu" fica impossível de se viabilizar por conta de não ter havido ninguém que pudesse oferecer um olhar com tais significados.

A mãe, que também é vítima, apenas consegue criar uma imagem externa e idealizada de si mesma, e acaba por desenvolver mecanismos perversos e inconscientes para com os filhos, fazendo de tudo para que fiquem conectados a ela pela angústia da falta e pelo medo do abandono.

No fundo, tais filhos são os aspectos mais carentes dessa própria mãe e passam a viver esse tema por ela, numa espécie de pacto silencioso e lealdade familiar - um processo subterrâneo que, enquanto não for revelado e devidamente tratado, manterá todos imersos num sofrimento velado.

É importante saber que este é um adoecimento dissociativo do psiquismo, portanto, totalmente inconsciente e, por mais devastador que possa ser, todos são vítimas. Enquanto não despertarem, tais filhos ficarão atados nessas conexões perversas.

????Quanto mais despertos, melhor!
Silvia Malamud

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