A manipulação é uma das mais potentes armas de abuso emocional, de poder sobre o outro e de demonstração de tudo que não é amor. Em suas ações, abusadores habilmente agem em meio à abordagens coercitivas que visam a inserção de sentimentos de culpas, ameaças de retaliação, exclusão, separação, corte afetivo e exílio de tudo o que pode fazer parte do ambiente relacional da pessoa-alvo.

Suas atitudes são claros exemplos de tudo que pode significar egoísmo. Em suas fúrias de voracidade e em meio a mil e uma estratégias de condutas, seguem conquistando aquilo que vão almejando pelo caminho. O paradoxo é que, no final de cada posse, ainda permanecem insatisfeitos, na sensação de que o adquirido é efêmero.

Como nunca se realizam por completo, sempre estão à espreita achando que o outro está com o que lhes falta. Em nome desse cego pressuposto vão ao infinito, atravessando, articulando e fazendo o impossível em nome de efetivarem seus intentos de conquista.

Apesar de serem altamente sofisticados na arte de disfarçar as suas demandas emocionais, um bom percebedor poderá notar o quanto são invejosos e o quanto almejam aquilo que o outro tem e conquista.

Portanto, não se iluda, não há pacto possível de amizade ou de amor enquanto houver este padrão de adoecimento nos relacionamentos.

Se acaso você se der conta que pode estar passando por situações dessa ordem com parceiros afetivos, familiares, amigos ou em relações de trabalho, seja esperto e proteja seus limites de benevolência cega. Lembre-se: não há pacto possível quando a fome do outro é insaciável.

????Quanto mais despertos, melhor!

Silvia Malamud

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