Um dos modos mais sutis e de difícil detecção de abuso emocional e controle acontece quando o outro coloca pressão em tudo.

Um dos modos mais sutis e de difícil detecção de abuso emocional e controle do outro acontece quando a parceria afetiva ou parental coloca pressão em tudo. Nesse clima nocivo, qualquer fala ou atitude diferente das expectativas poderá gerar na vítima situações insuportavelmente mais tensas, que receberá palavras tão carregadas que em algum momento culminarão num grave mal-estar interior.

Tanta pressão dentro de si pode acabar resultando em uma explosão ou se esvair em profunda angústia, tristeza e apatia, além do risco de carregar uma culpa indevida.

Se a vítima não estiver desperta nesta trama onde, ao tentar fazer a “coisa certa”, infindáveis vezes passa por cima de si mesma, pode acabar por criar um complexo prognóstico de adoecimento físico e mental. Quem passa isso sabe muito bem como funciona. É tão sutil, triste e assustador que parece ser melhor negar tudo fazendo o jogo do “contente”, como se não estivesse sendo afetado, do que enfrentar a situação abusiva.

Quem aceita e compactua com este jogo tem medo de romper com a frágil fronteira de "pseudo paz", desequilibrando o parceiro a ponto de que a tensão constantemente vivida fique visível demais na relação. O problema é que quanto mais um cede, mais o outro ganha espaço e poder, instalando um arsenal de censores restritivos e de acuamento, tornando a parceria afetiva e familiar num verdadeiro inferno. Se a vítima continuar preferindo a "pseudo paz", ficará cada vez mais restrita em suas expressões de vida.

???? Quanto mais despertos, melhor!
Silvia Malamud

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